O IAPMEI, o INAPEM e o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) querem capacitar agentes económicos em Angola de forma a incentivar e alargar o acesso das micro, pequenas e médias empresas aos serviços financeiros. O projeto arranca no início em março e é financiado pela União Europeia.
Atualmente, o setor privado e as micro, pequenas e médias empresas em Angola confrontam-se com importantes desafios, nomeadamente: barreiras burocráticas à criação de um negócio, acesso limitado a financiamento e a crédito, infraestruturas insuficientes, baixo nível de qualificação dos recursos humanos e dificuldades de acesso a moeda estrangeira.
O objetivo deste projeto é dinamizar o empreendedorismo em Angola, alargando o acesso de micro empresas e PME ao financiamento através da formação e capacitação de todos os atores envolvidos, bancos comerciais, sistema judiciário, entre outros, e através do estabelecimento de um diálogo público-privado estruturado.
O IAPMEI e o Instituto Politécnico de Setúbal irão dinamizar um conjunto de atividades, como ações de formação e sensibilização, desenvolvimento de instrumentos de apoio à gestão, eventos temáticos dirigidos ao setor público e privado, campanhas de sensibilização para o incremento da literacia financeira, entre outras.
Para o presidente do IAPMEI, Francisco Sá, este projeto constitui uma “valiosa oportunidade para partilhar experiências e metodologias de trabalho contribuindo para o enriquecimento institucional através do reforço da cooperação entre todos envolvidos”.
O presidente do Politécnico de Setúbal, Pedro Dominguinhos, afirma que o IPS “está fortemente empenhado neste projeto” para o qual “espera contribuir para o fortalecimento das competências dos quadros angolanos e para a dinamização da cultura empreendedora e da criação de empresas em Angola”.
Para o secretário de estado adjunto e da economia, João Neves, o Projeto ENVOLVER, assinado entre o Governo de Angola e a União Europeia, “trará progressos significativos tanto ao nível da capacitação e cooperação institucional, como ao nível do acesso das micro, pequenas e médias empresas a novos serviços financeiros, mais diversificados, inovadores e inclusivos.”
Para a embaixadora da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, este projeto “inscreve-se no esforço conjunto da União Europeia e do Governo angolano para gerar empregos e valor acrescentado para o país, o que necessita mobilizar todos os instrumentos, desde o capital humano até às fontes de financiamento para dinamizar o ambiente de negócios em Angola”.